AULA PARA OS 9º "B" E "C"
A crise de 1929
Ao final da Primeira Guerra, a
indústria dos EUA era responsável por quase 50% da produção mundial.
O país criou um novo estilo de
vida: o american way of life. Esse estilo de vida caracterizava-se pelo grande
aumento na aquisição de automóveis, eletrodomésticos e toda sorte de produtos
industrializados.
Entretanto, os EUA sofreu grande
abalo em 1929, quando mergulhou numa terrível crise, de repercussão mundial.
Terminada a guerra, os países
europeus voltaram a organizar e a desenvolver sua estrutura produtiva. Para
isso, acabaram reduzindo as importações de produtos americanos. O ritmo de
produção industrial e agrícola dos Estados Unidos continuava a crescer
aceleradamente.
Por sua vez, Inglaterra, França e
Alemanha foram atualizando rapidamente seus métodos industriais. Isso colaborou
para aumentar o desequilíbrio entre o excesso de mercadorias produzidas e o
escasso poder aquisitivo dos consumidores. Configurava-se assim uma conjuntura
econômica de superprodução capitalista.
O crack da Bolsa de Valores de
Nova York
A crise de superprodução teve
como um de seus grandes marcos o dia 29 de outubro de 1929, dia do crack da
Bolsa de Valores de Nova York, que representava o grande termômetro econômico
do mundo capitalista. As ações das grandes empresas sofreram uma queda
vertiginosa, perdendo quase todo o seu valor financeiro.
As empresas foram forçadas a
reduzir o ritmo de sua produção. Em função disso, promoveram a demissão em
massa de seus funcionários. Terminava o sonho do american way of life. Durante a
crise somou-se 15 milhões de desempregados.
O crack da Bolsa de Valores de
Nova York abalou o mundo inteiro. Os Estados Unidos não podendo vender também
deixaram de comprar e isso afetou também o Brasil, que dependia das exportações
de café para os Estados Unidos.
Com a crise, grande parte do
volumoso estoque de café produzido no Brasil ficou sem mercado consumidor. O
Brasil não conseguiu conter o desastre econômico que abalou a classe
cafeicultora, e por conseqüência abalou as próprias estruturas políticas da
República Velha, abrindo caminho para a Revolução de 1930, que levaria Getúlio
Vargas ao poder.
New Deal: a reação à crise
Nos primeiros anos do governo do
presidente Franklin Delano Roosevelt, os Estados Unidos adotaram o New Deal, um
conjunto de medidas destinadas à superação da crise. O New Deal foi inspirado
nas idéias do inglês John Keynes.
Dentre as principais medidas
adotadas pela política econômica do New Deal, destacam-se:
Controle governamental dos preços
de diversos produtos industriais e agrícolas.
Concessão de empréstimos aos
proprietários agrícolas.
Realização de um grande programa
de obras públicas.
Criação de um seguro-desemprego.
Recuperação industrial.
O avanço dos regimes totalitários
Em diversos países europeus, a
crise do capitalismo provocou efeitos mais ou menos desastrosos. Sofreram com o
aumento do desemprego, a elevação dos preços, a redução do poder aquisitivo e a
desorganização da produção econômica.
Os setores mais explorados da
população passaram a reclamar de forma mais contundente soluções sociais que
melhorassem suas condições de vida.
Os regimes democráticos
revelaram-se incapazes de solucionar os grandes problemas socioeconômicos da
época.
Havia ainda outro importante fator
que promoveu o recuo do liberalismo. Era o medo alimentado pelas classes
dominantes da expansão dos movimentos socialistas, revigorados pelo exemplo da
Revolução Russa.
Os partidos de orientação
marxista, representavam uma terrível ameaça aos interesses dos grandes
banqueiros e industriais. Para salvar esses interesses, apoiou a ascensão de
regimes totalitários, que prometiam estabelecer a ordem e a disciplina social.
Exemplos marcantes desse processo foram o desenvolvimento do fascismo na Itália
e do nazismo na Alemanha.
FONTE DE PESQUISA:
http://netopedia.tripod.com/historia/crise_29.htm
FONTE DE PESQUISA:
http://netopedia.tripod.com/historia/crise_29.htm
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